As alterações na estrutura etária da população brasileira indicam a tendência para o aumento da expectativa de vida. Contudo, essa realidade também sinaliza maiores riscos para doenças como o câncer em idosos.
Nessa conjectura, é preciso repensar ações e políticas mais eficazes para garantir um envelhecimento mais ativo e saudável. Essa necessidade se torna ainda mais preocupante diante das estatísticas atuais do Instituto Nacional do Câncer (INCA), que apontam o aumento do câncer entre a população idosa.
Dada a relevância do tema, abordaremos informações valiosas sobre a dinâmica dessa doença que tanto compromete a sáude do idoso. Confira os principais sintomas, as medidas de prevenção e os possíveis tratamentos para reduzir o impacto do câncer na terceira idade. Acompanhe!
Entenda por que a idade é um fator de risco para o câncer
Os especialistas em oncologia têm um grande desafio atualmente: de todos os casos de câncer no mundo, 70% ocorrem em idosos. Ao passo que o número de óbitos pela doença também cresceu: 22% em 15 anos, entre 2000 e 2015. No Brasil, segundo a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, os tumores de próstata, de mama e pulmão são os mais comuns nessa fase da vida.
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) afirmam que o total de pessoas acima de 65 anos de idade será quadruplicado nos próximos 50 anos. Com isso, o número de idosos ultrapassará 58,4 milhões em 2060.
Entretanto a maior exposição aos riscos de câncer na terceira idade pode ser controlada pelo estilo de vida. Priorizar hábitos mais saudáveis ao longo da existência pode fazer muita diferença nas condições de saúde no envelhecimento. Com o aumento da expectativa de vida, há a necessidade de criar políticas preventivas mais concretas e programas de saúde que efetivem o melhor controle do câncer em idosos.
É preciso investir, de modo mais consistente, em equipes multidisciplinares que trabalhem essa questão num contexto mais amplo em relação às peculiaridades que envolvem os desafios do envelhecimento.
Os impactos de uma expectativa de vida maior
Estima-se que este fenômeno global, entre outros motivos, deva-se ao aumento de expectativa de vida, e assim aumento na incidência de câncer nesta população.
Normalmente, as alterações que ocorrem no material genético são corrigidas pela defesa imune. Porém, como característica comum do envelhecimento, essa capacidade de correção não funciona mais com tanta eficiência. Com isso, as chances para o surgimento do câncer são bem maiores.
Mas se a expectativa de vida aumentou, os avanços da medicina também aumentaram. São esses avanços que podem garantir não apenas qualidade de vida, mas boas chances de cura em câncer na terceira idade.
A condução do tratamento de câncer na população idosa é feita de forma individualizada, com a fundamental integração com oncogeriatras. A idade não deve ser considerada isoladamente como fator decisivo na escolha terapêutica, e avaliações padronizadas geriátricas permitem um melhor entendimento da capacidade funcional dos idosos com câncer e, assim, uma melhor definição de tratamento.

Idosos podem ser tratados como jovens?
Estudos coordenados pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA) em 2017 revelaram que pacientes acima de 70 anos recebem 39% menos quimioterapia, 31% menos cirurgia e 14% menos radioterapia devido ao excesso de cuidado dos profissionais de saúde com o paciente mais velho, que geralmente apresenta comorbidades. Porém, se a avaliação clínica avalia que o idoso tem condições de receber uma terapia padrão, então ele não deve ser sub-tratado. Dessa forma, uma avaliação individualizada e especializada por oncogeriatras é fundamental para a decisão terapêutica.
A importância do cuidado multidisciplinar para os idosos
De fato, quando se avalia questões como doenças associadas, desempenho funcional, estado mental e aspectos nutricionais, a conclusão mais óbvia é a de que os idosos sofrem mais complicações. Por isso o cuidado multidisciplinar é tão importante. Uma equipe com profissionais de diversas especialidades vai considerar os impactos do câncer sob variados aspectos. Esses aspectos incluem até os emocionais, pois, se o idoso tiver depressão, por exemplo, a imunidade pode cair e isso acarreta também em problemas físicos.
A comunidade científica tem se preparado melhor para esse cenário, avaliando o idoso de forma multidisciplinar. Existem mais tratamentos e com menos toxicidades. O olhar integral ao idoso é fundamental para o bem-estar, qualidade de vida e sucesso terapêutico!
Veja outros fatores que também influenciam o câncer
A prevenção do câncer engloba diferentes ações que visam à redução dos riscos de desenvolver a doença. Assim, a proposta da prevenção primária é impedir as ameaças à saúde. Entretanto, é importante adotar um estilo de vida mais saudável e evitar a exposição aos elementos causadores de câncer.
Nesse sentido, conhecer os fatores que acentuam as chances de desenvolver tais doenças permite que a população possa evitá-las. Listamos os fatores que mais contribuem para o surgimento do câncer, principalmente na terceira idade. Veja quais são!
Exposição ocupacional a agentes cancerígenos
Além do cigarro, muitas mortes causadas por câncer de pulmão estão diretamente associadas com riscos ocupacionais e ambientais. Grande parte dos novos casos de câncer de pulmão ocorre em países em desenvolvimento, e decorre da influência da poluição ambiental.
Muitos tumores têm intrínseca relação com a exposição a agentes causadores de câncer no ambiente de trabalho. Operários expostos ao amianto, à sílica e aos solventes aromáticos, como o benzeno, ou a metais pesados (níquel e cromo, por exemplo), são mais propensos ao desenvolvimento da doença.
O efeito desses elementos ainda pode ser potencializado por fatores concomitantes, e que elevam os riscos do surgimento de tumores. A poluição ambiental, a herança genética, o sedentarismo, a dieta rica em gorduras, o tabagismo e o etilismo são os que mais influenciam.
Alimentação não saudável
A ingestão exagerada de alimentos processados também leva ao desenvolvimento de câncer. Os corantes, acidulantes e conservantes presentes na formulação dos produtos industrializados têm alto potencial oncogênico (causadores de câncer).
Outro fator importante é a relação entre o consumo excessivo de alimentos processados e a obesidade. O ganho de peso é considerado um fator de risco para o surgimento do câncer. Contudo, vale ressaltar que o câncer não se desenvolve apenas por um motivo isolado, mas sim pela influência de um conjunto de fatores.
Cultivar bons hábitos alimentares é importante para fortalecer o organismo contra infecções e doenças, inclusive o câncer. No envelhecimento, quando a defesa imune fica reduzida, o consumo de vitaminas importantes para a terceira idade é essencial. Convém priorizar também uma alimentação balanceada: rica em frutas, leguminosas, verduras e cereais integrais.
Sedentarismo
Em qualquer idade, a prática de atividades físicas, como caminhar, correr, nadar e pedalar, é fundamental ao bom funcionamento dos órgãos. Quanto mais movimentamos o corpo, maiores são as chances de proteger o organismo de doenças como o câncer. Diante dos dados que comprovam o crescimento dos casos de câncer em idosos, convém destacar a necessidade de cultivar, o quanto antes, um estilo de vida mais saudável e equilibrado.
Caminhar ou ir de bicicleta para o trabalho, trocar o elevador pelas escadas e estabelecer momentos de lazer ao ar livre com a família ou amigos são atividades benéficas à saúde mental e física. Vale lembrar que é muito importante se dedicar a alguma atividade física. Ainda que o seu estilo de vida não permite frequentar uma academia, por exemplo, procure se adequar a atividades alternativas.
Como a atividade física promove o ajuste dos níveis de hormônios, ela reduz os riscos de doenças graves. O equilíbrio metabólico resultante do exercício físico fortalece as defesas do organismo, sobretudo na terceira idade. Desse modo, a realização de atividade física traz muitos benefícios para os idosos. Ainda que eles não tenham mais tanta disposição física, o esforço para melhorar o bem-estar e a qualidade de vida deve ser visto como um desafio constante.
Experimente fazer caminhadas leves em um parque, um alongamento ou outra atividade que seja prazerosa. Evite o sedentarismo e a ociosidade, pois vários tipos de câncer surgem por influência desses fatores.
Alcoolismo
O uso de bebidas alcoólicas, em quaisquer quantidades, pode causar o desenvolvimento de diversos tipos de câncer. Entre os tumores que estão associados ao etilismo destacam-se o câncer de boca, estômago, faringe, esôfago, fígado, cólon e reto, além do de mama.
Essa associação entre o consumo de álcool e o surgimento de tumores é válida para todas as bebidas alcoólicas. Além disso, a combinação de álcool com cigarro aumenta a possibilidade do surgimento de doenças de forma muito mais precoce e devastadora.
Um dos fatores que justificam o efeito cancerígeno do álcool é a facilidade desse elemento em atuar como solvente a nível celular. Consequentemente, quando chega ao intestino, ele facilita a entrada de outras substâncias cancerígenas para o interior da célula.
Entretanto, vale destacar a relação dose-resposta quanto ao efeito do consumo de álcool para o risco de câncer. Quanto maior — ou mais forte — for a dose ingerida e o tempo de exposição do organismo ao efeito da bebida, maiores serão os riscos de descontrole na proliferação celular que resulta no câncer.
Ainda que o câncer surja mais comumente na terceira idade, os fatores de influência que se acumulam ao longo da vida devem ser considerados. Isso porque alguns elementos causam mutações que se manifestarão como doença somente na idade avançada.
Tabagismo
O tabagismo é um dos maiores fatores de risco evitável de adoecimento e de causa de morte. O hábito de fumar acentua o risco para os tumores de boca, faringe, esôfago, laringe, pulmão, fígado, pâncreas e bexiga. Cerca de 30% das mortes por câncer no planeta estão associadas ao cigarro.
O principal tumor associado ao tabaco é o câncer de pulmão. Esse mesmo estudo do INCA afirma que fumantes inveterados chegam a ter 20 vezes mais chances de desenvolver esse tipo de câncer que os não fumantes.
Exposição solar
A exposição solar excessiva — e sem proteção adequada — é o principal fator de risco para o desenvolvimento do câncer de pele. Em países tropicais como o Brasil, o cancer de pele não melanoma é o tumor mais comum, independente de gênero e idade. Fatores como o clima tropical, as inúmeras praias e a cultura que fomenta a ideia de beleza relacionada ao bronzeamento, principalmente entre os mais jovens, favorecem à exposição excessiva e aos perigos da radiação solar
O risco da doença é maior entre as pessoas de pele, cabelo e olhos claros. Por isso, as medidas de prevenção devem ser adotadas, sobretudo entre as crianças, pois geralmente elas se expõem ao sol muito mais vezes que os adultos.
É preciso ter muito cuidado com essa exposição excessiva à ação dos raios ultravioletas, já que a infância e a juventude são fases em que o indivíduo fica mais vulnerável aos efeitos prejudiciais do sol. A exposição cumulativa durante as duas primeiras décadas de vida eleva o risco de câncer de pele na idade adulta e na velhice.
Fonte: https://guardioesdevidas.com/30/01/2019/tudo-que-voce-precisa-saber-sobre-cancer-em-idosos/
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