Tratamento da Mucosite

O tratamento do câncer, muitas vezes não é fácil e um dos sintomas colaterais do tratamento pode ser o desenvolvimento da mucosite. Aqui você vai conhecer alguns tratamentos que são utilizados para a mucosite que poderão te ajudar a amenizar os sintomas.

A mucosite é uma inflamação da parte interna da boca chegando algumas vezes até a garganta, que pode levar a úlceras dolorosas e feridas nessas regiões.  É comum que ela apareça em pacientes em tratamento oncológico, pois as células dessas mucosas são semelhantes às cancerígenas. Como ambos os tipos de células se dividem em alta velocidade, o tratamento oncológico não consegue diferenciar as saudáveis das doentes e afeta as duas.

As principais queixas são: dor, ardência, boca seca, paladar alterado e risco de infecções orais. Esses sintomas, quando não tratados imediatamente, podem evoluir para o agravamento do quadro, causando sangramento e interrupção total da alimentação e hidratação.

Geralmente o início dos sintomas aparecem de 5 a 7 dias após o início da quimioterapia e por volta de duas semanas após o início da radioterapia.

A recuperação das lesões acontece em média 14 dias após o término da quimioterapia e de 2 a 3 semanas após a radioterapia.

Em geral, as doenças malignas do sangue, como a leucemia e o linfoma, que por si mesmas causam supressão da medula óssea, tendem a estar associadas a complicações bucais com uma frequência elevada. Esses pacientes costumam desenvolver problemas bucais duas a três vezes mais frequentemente que pacientes em tratamento de tumores sólidos.

Quanto mais jovem o paciente, maior a possibilidade de a quimioterapia acometer a cavidade bucal. Enquanto cerca de 40% de todos os pacientes submetidos à quimioterapia apresentam efeitos colaterais na boca, este número eleva-se para mais de 90% em crianças com menos de 12 anos de idade.

Já entre os pacientes que recebem radioterapia na região de cabeça e pescoço, praticamente todos desenvolverão algum grau de mucosite.

Diante deste quadro é importante saber o que é possível fazer para aliviar os sintomas e o tratamento da mucosite.


O que fazer quando a mucosite aparece?

HIGIENE ORAL

– Manter dentes, gengiva e língua sempre limpos

– Utilizar escova de cerdas macias ou ultra macias

– Usar fio dental com muita cautela

– Manter os lábios hidratados (bepantol derma creme)

– Bochechos com flúor 0,05% diariamente (seu dentista pode prescrever).


ANESTÉSICO TÓPICO

No mercado existem uma grande variedade de anestésico tópicos em forma de spray que podem ser comprados em farmácias. Eles ajudam a aliviar os sintomas dolorosos da mucosite.


CRIOTERAPIA

A Crioterapia oral no tratamento da mucosite oral se caracteriza pela sucção de gelo na cavidade oral ou pela realização de bochechos com água ou chá gelados antes, durante e após a administração dos fármacos quimioterápicos. Ao invés do gelo pode ser usado picolé de frutas gelado. O uso de crioterapia baseia-se no pressuposto de que o frio reduz o fluxo sanguíneo diminuindo a circulação do fármaco na mucosa oral, impedindo a chegada do agente quimioterápico em grandes quantidades aos tecidos orais, reduzindo o dano a mucosa e a toxicidade local reduzindo a chance de mucosite oral.

Como usar:

• 5 minutos antes, durante e 30 minutos após administração do quimioterápico

• Entre sessões: 5 minutos antes das refeições ou quando precisar


ANTIMICROBIANOS TÓPICOS

Devido a permeabilidade da mucosa ela fica mais suscetível a desenvolver quadros infecciosos. Então seu dentista ou médico podem indicar o uso de antimicrobianos tópicos quando necessário para o tratamento da mucosite.

  • Clorexidina 0,12% –
  • Solução de Nistatina 100.000 UI/mL (bochechar e engolir)


LASERTERAPIA

Laserterapia de baixa intensidade pode ser usada durante a incidência da mucosite por dentista habilitados para este tratamento.

É preciso que a mucosite já esteja se desenvolvendo para que essas células possam reagir ao laser e ter o efeito esperado. Sendo assim, o laser deve ser aplicado após o início do tratamento, independente se for quimioterapia ou radioterapia.


FLORAIS DE BACH

Você pode usar os florais de bach para aliviar os sintomas da mucosite. O CAPO Bezerra de Menezes oferece consultas gratuitas com terapeutas florais que podem lhe ajudar. Para agendar sua consulta acesse o link https://capobm.org/floral/

Alguns florais de Bach que poderão auxiliar no tratamento da mucosite são:

             Rescue Remedy

Composto floral elaborado com a combinação de cinco essências florais de Bach: Rock Rose, Impatiens, Clematis, Star of Bethlehem e Cherry Plum. O Rescue é o remédio para emergências, pois trabalha em todos os planos (físico, mental, emocional e espiritual), harmonizando os sistemas, possibilitando, assim, que nossas reações sejam equilibradas, controladas e direcionadas. Possui ação desintoxicante, cicatrizante e analgésica. Indicado para aftas, feridas, herpes, infecções e úlceras.

•             Crab Apple

Essência floral de limpeza dos corpos físico, mental, emocional e espiritual. Atua desintoxicando e restaurando as funções orgânicas. Atua como desintoxicante de medicamentos e anti-inflamatório. Utilizado em aftas, feridas, úlceras, herpes e infecções. No entanto, caso a pessoa esteja muito debilitada ou em processo de metástase, deve-se substituir pela essência floral Gorse, que também promove limpeza e purificação, porém com uma atuação mais sutil.

             Elm

Ajuda a liberar endorfina ao oferecer a resistência necessária para que a pessoa cumpra sua missão, atuando, em razão disso como analgésico. Essência revitalizante, equilibrante e libertadora. Indicado para dor e herpes.

             Holly

Essência do amor, da aceitação da vida e de todos os processos por que passamos. Auxilia na função do fígado de excreção de substâncias tóxicas. Auxilia na dor. Floral de proteção e limpeza. Atua com anti-inflamatório e analgésico. Usado também em herpes e úlceras.

             Vervain

Equilibrante, para que não ocorra um excesso nas respostas. Atua como anti-inflamatório. Utilizado em casos de úlceras e feridas.

“A doença é única e puramente corretiva; nem vingativa nem cruel, é o meio adotado pelas nossas próprias almas para mostrar-nos os nossos erros, impedir-nos de cometer erros maiores, obstar a que façamos mais mal e trazer-nos de volta ao caminho da Verdade e da Luz, do qual nunca deveríamos ter saído.”
 Dr. Edward Bach


ALIMENTAÇÃO

  • Modificar a consistência conforme a dificuldade na mastigação e na deglutição. Variar alimentos macios com os líquidos, conforme tolerância.
  • Alimentos em temperatura morna, fria ou gelada.
  • Utilizar temperos suaves e naturais, como o azeite e ervas.
  • Consumir alimentos ricos em proteínas (leite e derivados, carnes em geral e grãos). Ajuda no sistema imunológico.
  • Chupar gelo ou picolé pode aliviar o desconforto na boca.
  • Beber líquidos variados, em pequenas porções, pelo menos 1,5 litro/dia.

Evitar:

  • Alimentos duros e secos: torradas, biscoitos crocantes, alimentos crus e fritos, cereais integrais (granola, flocos de milho).
  • Alimentos e bebidas quentes.
  • Alimentos ácidos: frutas cítricas, refrigerantes, bebidas alcoólicas, cafeinadas e sucos industrializados.
  • Alimentos salgados e temperos muito fortes e picantes, como alimentos em conservas, pimentas variadas, noz-moscada, molhos (como por exemplo de soja – shoyu – e inglês), queijos envelhecidos, alguns aperitivos, canela e cravo.
  • Escolher alimentos que exijam pouca ou nenhuma mastigação.
  • Evitar alimentos ácidos, picantes, salgados e secos.
  • Evitar o consumo de alimentos ácidos, apimentados, secos e salgados. Esses podem irritar a mucosa da boca e, assim, contribuir para que o problema ocorra. dar preferência a alimentos mais pastosos e pouco condimentados, pois as úlceras são bastante doloridas.

Equipe Editorial do CAPO Bezerra de Menezes

Referências:
VOLPATO, Luiz Evaristo Ricci et al. Mucosite bucal rádio e quimioinduzida. Rev. Bras. Otorrinolaringol. [online]. 2007, vol.73, n.4 [cited  2021-03-28], pp.562-568. Available from: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-72992007000400017&lng=en&nrm=iso&gt;. ISSN 0034-7299.  http://dx.doi.org/10.1590/S0034-72992007000400017


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