Sempre queremos para nós, e para nossos amados, saúde, felicidade e sucesso, mas, algumas vezes, a vida nos brinda com doenças, contrariedades e decepções. Como o enfrentamento de algumas dessas situações difíceis torna-se inevitável, é imprescindível não permitir com que a fragilidade do momento se transforme numa arma apontada para nós mesmos, que é o que acontece com a pessoa depressiva.
Nesse sentido, a vivência de uma religiosidade equilibrada pode nos ajudar e fortalecer, porque passamos a ter, por exemplo, outras explicações para a dor e o sofrimento que se fazem presentes em nossa vida. Acreditar que também existe uma outra realidade a nos envolver é especialmente poderoso, principalmente quando não estamos bem.
Embora a Medicina afirme, baseada em consistentes estudos, que a depressão é um distúrbio fisiológico do cérebro – daí a necessidade de tratamento clínico, o conhecimento espírita amplia esse entendimento para as carências e dificuldades do espírito imortal, de forma que a ciência busca justificativas na presente existência, enquanto o Espiritismo busca e analisa causas mais profundas, com base nas experiências reencarnatórias e evolutivas de cada um, e ainda considera a possibilidade de uma negativa influência espiritual sobre a pessoa, denominada obsessão.
Além de validar o tratamento médico, psicológico e psiquiátrico, o Espiritismo, através das casas espíritas, proporciona o tratamento espiritual – que consiste nas palestras doutrinárias e nos passes magnéticos – e incentiva o hábito das leituras esclarecedoras e edificantes, para que a pessoa compreenda melhor sua realidade como espírito imortal reencarnado e busque, mais eficientemente, a elevação de sua autoestima.
Goleman, ao abordar sobre a procura de alternativas contra a depressão, traz duas interessantes dicas, em perfeito acordo com o que postula a Doutrina Espírita. A primeira delas:
É prestar ajuda a quem necessita. Como a depressão se nutre de ruminações e preocupações com o ego, ajudar aos outros nos tira dessas preocupações, na medida em que entramos em empatia com outras pessoas e seus próprios sofrimentos. Lançar-se no trabalho voluntário – treinar um timinho de várzea, realizar trabalhos filantrópicos, dar ajuda a populações carentes – aparecia como um dos mais poderosos modificadores de estado de espírito no estudo de Diane Tice. Mas também um dos mais raros.
Finalmente, pelo menos algumas pessoas saem da melancolia voltando-se para um poder transcendente. Diane me disse:
– A prece, quando se é muito religioso, funciona para todos os estados de espírito, sobretudo a depressão. [1]

Os contratempos, ao nos forçarem o reconhecimento da própria fragilidade e vulnerabilidade, convidam-nos à busca da religiosidade e de um diálogo, alicerçado na fé, entre Aquele ou aqueles que, pertencentes a uma outra dimensão, representam a força e a proteção.
Através da Doutrina Espírita, podemos aprender que somos responsáveis pelo próprio bem-estar. Mas, para isso, é preciso sair da ilusão de culpar as pessoas, a vida, o destino e reassumir a capacidade de dirigir a própria vida. Questionar mesmo a validade de nossos sofrimentos e buscar alternativas mais eficientes na solução daquilo que é desagradável e triste para nós são atitudes amadurecidas que necessitamos adotar.
Porém, em razão do grau evolutivo em que nos encontramos, é natural que ainda experimentemos emoções desequilibradas e tenhamos reações negativas diante, principalmente, dos acontecimentos difíceis. Assim, são perfeitamente compreensíveis alguns estados ocasionais de lamentação, choro, tristeza e desânimo. Em muitas circunstâncias, até podemos considerar a leve e rápida depressão como um período natural de transição. São tempos de mudança, épocas de tristeza que antecedem novas possibilidades de amadurecimento.
A vida reserva, a todos, importantes desafios para o atingimento de níveis mais elevados de consciência e progresso. Uma das alternativas de maior conscientização e fortalecimento é, justamente, a vivência da filosofia otimista que o Espiritismo nos disponibiliza, exemplificada nas palavras do espírito Rosângela:
Em muitas ocasiões, você pensa que a grande tristeza jaz nos momentos em que caprichos e desejos desatendidos remexem sua intimidade, fazendo-lhe sofrer. De outro modo, admitirá que seja de amara tristeza a ausência física de alguém que demandou à Eternidade, a quem dedicava afeto, ou, ainda, o desastre econômico que lhe haja atingido, baqueando-lhe a marcha dos empreendimentos materiais.
Realmente, esses são motivos ponderáveis para o seu entristecimento, vergastando-lhe as experiências, deixando-lhe marcas de demorada recomposição, muitas vezes.
(…), Porém, a maior tristeza que pode se abater sobre a criatura, torturando-a, fomentando desditas para o espírito, é o mau aproveitamento das oportunidades que lhe concede o Criador, para evoluir e brilhar. Medite sobre isso e plasme as alegrias de que carece, nos enobrecedores serviços do amor. [2]
Silvia Helena Visnadi Pessenda
REFERÊNCIAS
[1] GOLEMAN, Daniel, Ph.D. Inteligência emocional: a teoria revolucionária que define o que é ser inteligente. Tradução de Marcos Santarrita. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001. Cap. 5. p. 88. (literatura não-espírita)
[2] Rosângela (espírito); TEIXEIRA, José Raul (psicografado por). Rosângela. 1. ed. Niterói, RJ: Fráter, 1996. Cap. 4. p. 40-43.
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