Escrever sobre sentimentos organiza os pensamentos e leva ao autoconhecimento, ao controle das emoções e faz bem à saúde.
“Eu escrevo como se fosse salvar a vida de alguém. Provavelmente a minha própria vida”. Clarice Lispector estava com câncer quando registrou essa frase no livro Um Sopro de Vida (Pulsações), uma de suas últimas obras. Já o poeta Fernando Pessoa escreve: “Se escrevo o que sinto é porque assim diminuo a febre de sentir”
A escrita também pode ser um meio de buscar autoconhecimento e entender sentimentos. Por isso, a escrita terapêutica, vem ganhando cada vez mais espaço nos tratamentos emocionais.
A terapia consiste em escrever livremente sobre os sentimentos, sem se preocupar com estrutura do texto ou regras gramaticais. O intuito é de que ela ocorra de maneira natural, sem programar o que será exposto, simplesmente deixar vir o que está dentro.
Esse tipo de escrita pode ser usada em momentos de estresse, em que se busca alívio para reorganizar pensamentos e expressar sentimentos. Também tem sido adotada em pessoas com doenças potencialmente estressantes; pesquisas tem demonstrado que que pacientes com câncer tiveram aceleração na recuperação quando passaram a escrever sobre as emoções relacionadas à enfermidade.
Um estudo publicado em 2008 no periódico The Oncologist analisou a expressão escrita de 71 pacientes com linfoma e leucemia em uma clínica de Washington, nos Estados Unidos. Depois de um exercício de texto, 49% deles relataram que seus pensamentos sobre a doença haviam mudado e 35% apontaram mudanças no modo como se sentiam em relação ao câncer. A equipe também analisou o teor das redações, examinando temas, palavras e frases significativas. A maior parte das mudanças relatadas – em relação à família, espiritualidade, trabalho e futuro – era positiva.
Em um estudo pequeno, conduzido no Kansas (EUA), foi descoberto que mulheres com câncer de mama tinham menos sintomas incômodos e iam a menos consultas médicas relacionadas ao câncer nos meses seguintes ao experimento.
Freud disse: “A palavra cura!”
Sendo assim o recurso da escrita terapêutica pode ser usado para se autoajudar. Escrever traz alívio, assim como a fala, mesmo que não tenha um leitor direcionado. É uma maneira de colocar para fora o que dói e incomoda, sem medo e sem filtros, sem receio de ser julgado ou mal interpretado por pessoas do convívio.
A escrita terapêutica pode ser usada como um recurso complementar a seu tratamento médico e ou psicológico pois agrega muito, mas não substitui tratamentos convencionais.

Hora de escrever
A escrita pode ser usada para catarse, ou seja, como um processo de liberação de emoções e sentimentos reprimidos. Derramar os sentimentos no papel ou no computador; pode ajudar a colocar os pensamentos em perspectiva e, assim, superar as dificuldades. Quando colocados no papel a sensação que se tem é de reconhecimento. Consegue-se lidar melhor com sensações reconhecidas.
Sobre o conteúdo do que escrever, você deve focar sentimento e não na situação. Como assim?
Tente colocar no papel o que não é observado, mas sim o que é sentido! Os sentimentos são aquelas sensações que vão lá no fundo da sua alma.
Por exemplo, escrever que sentiu muita raiva, em vez de gritei muito, ou que sentiu muita tristeza, em vez de que chorou.
Permita-se sentir e identificar suas emoções e sentimentos.
Quando olhamos para o que os nossos sentimentos revelam, caminhamos no sentido do autodescobrimento, da autossuperação e do autodomínio, essenciais no processo evolutivo e na paz interior.
Equipe editorial do CAPO Bezerra de Menezes
Pode ser reproduzido desde que citado a fonte.
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