Pratique o Bem e Mude Sua Vida!

Para entendermos a questão da fatalidade e livre arbítrio, analisemos a possibilidade de, pela prática do bem, repararmos nossos equívocos perante a Lei. Vamos então verificar o caso narrado pelo espírito Hilário Silva, em o Livro A Vida Escreve, psicografia de Chico Xavier e Waldo Viera, na mensagem intitulada “O Merecimento”. Narra Hilário o caso de Saturnino Pereira, espírita, homem amoroso, prestativo, sempre disposto a ajudar seu semelhante seja no âmbito doméstico, familiar, na Casa Espírita ou no trabalho profissional. Certa feita, operando a máquina de que era condutor, Saturnino feriu a mão. Fora socorrido em hospital passando por cirurgia restauradora. Saturnino ferira todo o braço, porém fora informado pelo cirurgião que só perderia o dedo polegar e que os ferimentos do braço se reconstituiriam em tempo breve. “Logo se ouviam os comentários: ‘por que um desastre desses com um homem tão bom’; tantas mãos criminosas saem ilesas em até em acidentes mais graves e justamente Saturnino, que nos ajuda a todos, vem a ser vítima”.

Não faltou até quem cobrasse a proteção que Saturnino deveria receber pela atividade religiosa intensa a qual se dedicara com tanto amor. Saturnino recebeu carinho e respeito de todos, agradeceu generosamente, sorria resignado, agradeceu a Deus, porém estava triste. À noite, compareceu em companhia da esposa à sessão íntima no templo espírita que frequentava. Foi então quando Macário, o orientador espiritual das tarefas, dirigiu-se a ele bondoso para que não se sentisse desamparado e tampouco triste, pois todas as dores são decretadas pela Justiça Divina.

“Há oitenta anos, era você poderoso sitiante no litoral brasileiro e, certo dia, porque pobre empregado enfermo não lhe pudesse obedecer às determinações, você, com as próprias mãos, obrigou-o a triturar o braço direito no engenho rústico. Por muito tempo, no Plano Espiritual, você andou perturbado, contemplando mentalmente o caldo de cana enrubescido pelo sangue da vítima, cujos gritos lhe ecoavam no coração. Por muito tempo, por muito tempo…”.

E continuou: “- E você implorou existência humilde em que viesse a perder no trabalho o braço mais útil. Mas você, Saturnino, desde a primeira mocidade, ao conhecer a Doutrina Espírita, tem os pés no caminho do bem aos outros. Você tem trabalhado, esmerando-se no dever… Não estamos aqui para elogiar, porque você continua lutando, lutando… e o plantio disso ou daquilo só pode ser avaliado em definitivo por ocasião da colheita. Sei, porém, que hoje, por débito legítimo, alijaria você todo o braço, mas perdeu só um dedo… Regozije-se, meu amigo! Você está pagando, em amor, seu empenho à justiça…”. De cabeça baixa, Saturnino derramava grossas lágrimas. Lágrimas de conforto, de apaziguamento e alegria…

É o amor que cobre uma multidão de pecados como bem asseverou nosso Mestre Jesus em Evangelho de Pedro I, IV, 8. Através das boas ações podemos diminuir o impacto de nossas provas diante da lei.

Pratique o bem e mude sua vida

CONCLUSÃO

Concluímos que todos nós estamos sujeitos à Lei de Causa e Efeito, Ação e Reação conforme nossa necessidade espiritual, possuindo liberdade na nossa escolha no que se refere ao caminho do bem ou do mal que vamos seguir. Devendo nos atentar para o fato de que através do amor que dedicamos na nossa existência angariamos recursos vitais que vão amenizar nossas penas. Ressalte-se também que não há uma folha que se desprenda e caia que não esteja sobre o controle de Deus, mas não quer dizer com isso que estivesse previamente programado ou que tenha sido por obra dos espíritos. Por fim, devemos nos lembrar de que a cada um será dado segundo suas obras, e que o espírito terá tantas quantas oportunidades forem necessárias para seu aprimoramento moral.

André Afonso Monteiro

Fonte: https://www.correioespirita.org.br

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