Recentemente a ASCO (Sociedade Americana Oncologia Clínica) publicou o impacto das Fake News na oncologia, com base numa pesquisa de 2019, que agora está sendo compartilhada.
A pesquisa da ASCO descobre que informações falsas preocupantes e alarmantes, geram crenças falsas sobre a doença, com uma percepção errônea, muitas dos quais médicos oncologistas têm que corrigir, esclarecer e orientar.
O que chama muita atenção nesta pesquisa, por exemplo, é que 25% dos entrevistados americanos acreditam que nada pode ser feito para prevenir o câncer. E que 16% acreditam que o telefone celular é o causador do câncer.
NESTA PESQUISA SÃO APONTADOS ALGUNS MITOS COM RELAÇÃO AO CÂNCER:
· Comer açúcar alimenta o tumor;
· Abrir o abdômen (como na cirurgia) exporá o tumor ao ar e fará com que ele se espalhe;
· A tomografia computadorizada tem muita radiação e piora o câncer ou causa um novo câncer;
· Cuidados paliativos e Hospice* são a mesma coisa;
· Quando você vai a um Hospice, você está sendo enviado para morrer e todo mundo está desistindo de você;
· No final da vida, as pessoas precisam ser alimentadas e receber hidratação (esse problema é mais complicado, mas a percepção ainda gera muita confusão nas conversas com os familiares);
· Ensaios clínicos são médicos que usam pacientes como cobaias.

É importante combater a desinformação e o melhor é procurar orientação médica, isto é, os profissionais da área.
A exposição a informações falsas e enganosas pode reduzir a adesão dos pacientes aos tratamentos recomendados. Além disso podem diminuir a sobrevida dos pacientes, principalmente aqueles em tratamento contra doenças como o câncer.
O impacto desde a adoção de outros procedimentos no tratamento até ao uso de medicação inadequada, sem comprovação cientifica de sua eficácia, pode até mesmo levar a morte do paciente
O único prejudicado é o próprio paciente. As Fake News na oncologia e a sua disseminação tem uma influência grande na população com prejuízo às pessoas e aos pacientes.
Provoca danos significativos a longo prazo.
O importante é receber boa informação e continuar cuidando da saúde, com informações precisas sobre prevenção e tratamento, bem como escolhas de estilo de uma vida mais saudável e plena.
Dra. Rosane do Rocio Johnsson
Médica Oncologista Clínica do Instituto de Oncologia do Paraná e do Hospital Erasto Gaertner
Faz parte de Equipe Editorial do CAPO Bezerra de Menezes
* Hospice: hospital para pacientes em final de vida