Hoje em dia não é novidade, nem tão difícil de se ouvir ou mesmo ler, sobre como influenciamos nosso corpo através de nossos pensamentos e emoções.
A própria medicina chinesa, milenar, traz o conceito das emoções e sentimentos
atuando nos órgãos, bloqueando energias que transitam pelos meridianos.
Os estudos ligados à meditação também nos trazem informações importantes quanto as melhoras alcançadas sejam nos distúrbios físicos ou mesmo emocionais, pelo fato de serenarmos a nossa mente.
Na visão espírita, toda doença é de cunho eminentemente espiritual, isto é, se origina no espírito (corpo mental).
Retomemos um pouco o sentido de estarmos reencarnados. Qual é o nosso grande desafio? Qual é nossa meta evolutiva? Como chegar ao Pai? Tudo se resume em desenvolvermos o divino em nós mesmos. Como? Meu Deus, como?
No íntimo de nosso coração, Ele nos diz: “Na relação com o próximo e no processo de autoconhecimento.”
A única palavra que resume esta resposta é: AMOR.
Bem, se aqui estamos numa jornada evolutiva de aprendizado constante, e que com certeza tivemos e teremos algumas encarnações pela frente, até atingirmos a angelitude, isto significa que somos doentes espirituais em busca da cura, da saúde integral.
Com certeza Emmanuel, quis nos esclarecer quanto a isso quando se refere à humanidade como seres em busca de alta, nas enfermarias da Terra.
O espírito Joseph Gleber (em O Homem Sadio, de Alcione R. Albuquerque e Roberto Lucio Vieira de Souza) nos diz: “A evolução sendo para nós infinita, fala de uma necessidade constante de harmonização, cada vez maior, com o Criador, tanto em plano de trabalho como de elaboração de conhecimento e vivência íntima. Assim, e só dessa forma, alcançar-se-á à Deus.”
Com certeza temos muitas oportunidades para retornarmos ao caminho certo, mas também por muitas vezes estamos distraídos e envolvidos pelas ofertas douradas e superficiais da aparência, da imagem, da vaidade, do orgulho e assim por diante.

Mas quando somos atingidos no corpo, somos obrigados a parar e tratá-lo.
Portanto, podemos olhar para a doença como um convite de nossa parte sábia buscando o reequilíbrio perante a consciência ou a Lei de Deus.
Não olhemos para ela como castigo divino ou punição, mas como oportunidade de reequilíbrio.
Segundo O Livro dos Espíritos, há no universo dois princípios: o espírito e a matéria. O espírito é o princípio inteligente do universo. A matéria é o campo onde o princípio espiritual desenvolve-se e de que se utiliza para seu processo de amadurecimento em direção à perfeição. Ligando estes dois princípios temos o perispírito, um envoltório semimaterial formado pelo fluido universal específico de cada globo. Nele está a matriz de nosso corpo físico. Nele estão as marcas de nossas atitudes passadas e presentes. Nele registramos as consequências de nossos pensamentos, emoções, sentimentos e ações.
O períspirito é o intermediário de todas as sensações que o espírito percebe e pelo qual transmite sua vontade ao exterior e atua sobre os órgãos do corpo.
Vejam nossa responsabilidade diante das colheitas que estamos fazendo, pois, nós é que as semeamos em algum momento ao longo de nossas existências.
Desta forma concluímos que a saúde não é um estado definitivo, pronto, pois ela estará sempre vinculada ao nosso grau de equilíbrio e harmonia da alma que conseguimos conquistar, e vai se refletir na harmonia ou não, mental, emocional e fisiológica relacionadas à nossa encarnação atual com todos os projetos que fazem parte dela.
Podemos aliviar nosso períspirito ou sobre carregá-lo, cada vez mais. E nosso corpo físico como um “mata-borrão” irá refleti-lo. Com certeza a cura, nada mais é que uma autocura. Cristo nos trouxe todo o caminho saudável a ser trilhado. Qual escolha faremos a partir desta reflexão?
Sueli Ines Arruda Issa
Fonte: Jornal IEE – Instituto Espírita de Educação
Ano V N° 28 non-dez 2013

Gostei muito deste artigo e vou repassar para a minha sobrinha que está passando por um período difícil de quimio…