Importância do Processo de Perdão na Manutenção da Saúde Física e Emocional

Perdoar faz bem para o corpo e para alma. Todos nós almejamos a felicidade e para ser feliz é necessário viver em harmonia buscando a paz interior. Para isso é necessário manter a consciência tranquila e o coração livre de sentimentos negativos como o ódio, rancor e mágoa. Estudos científicos comprovam que o aparecimento de certas doenças físicas, inclusive o câncer,  podem estar relacionadas ao sentimento humano. Nossos pensamentos funcionam como emissores e receptores de energia. Se alimentamos o egoísmo, o ódio, o orgulho e o rancor, certamente atraímos energias maléficas para o nosso corpo e o nosso espírito.

O perdão é condição essencial para a saúde. Sem o perdão, não há paz interior, não há saúde nem física, nem emocional. 

Shakespeare dizia que não perdoar ou guardar mágoa é como beber veneno, desejando que o outro morra. O veneno age naquele que o guarda, que o cultiva dentro de si. E a mágoa atua dentro de nós na semelhança de uma planta que, uma vez guardada, cultivada, vai crescendo, criando raízes, dá flores, frutos e multiplica-se. E nós acabamos enredados em uma série de dores emocionais, sem que nem saibamos, às vezes, onde tudo começou. Tudo porque vamos guardando as coisas dentro de nós, sem trabalhar, sem dialogar, sem metabolizar emocionalmente aquilo que estamos sentindo, vivenciando. Quando vemos, a situação está numa questão muito profunda e muito grave. 

Perdoar é lembrar o fato resignificando-o para que ganhe uma nova conotação.

O perdão é uma decisão íntima pela paz.  Aquele que decide perdoar decide retirar de si o peso de ser a vítima e o peso da dor que carrega. O perdão não é uma simples atitude. O perdão é um processo, nunca é mágico, nunca é do dia para a noite é um processo que insistentemente nos liberta. O fato de não queremos nos vingar, de não querermos revidar já é muito rico no caminhar deste processo. 

Nos processos emocionais, a gente precisa digerir o que é vivido, reconhecer o que foi sentido, reconhecer se aquele sentimento é originário daquela relação ou se é repetitivo. Precisamos reconhecer qual é a nossa parcela de responsabilidade naquilo, enfim, digerir.

Mas o que acontece é que muitas das pessoas,  ao invés de digerir, permanece acusando a própria história. Permanece sentindo a dor daquela ferida aberta sem cicatrizá-la. O que caracteriza a vida adulta é que o adulto é responsável por si mesmo. Temos que ter consciência que só nós próprios é que somos capazes de fazer transformações na própria vida. Então, não importa o que aconteceu na nossa própria história, importa o que nós fazemos da história que vivemos. Aquilo que interpretamos do que foi vivido é que vai determinar como vai ser a vida hoje. Assim, o adulto, quando olha para a sua história com aceitação, com resignação ativa — que é aquela que não briga com a história, mas a metaboliza, transformando-a — fecha as suas próprias feridas.

Perdoar nem sempre é simples, mas é o único caminho para a libertação.

Chico Xavier dizia: “O perdão não faz a outra pessoa correta. Ele te faz livre!”

Deus, em sua infinita bondade não desampara nenhum dos seus filhos, e sempre que você elevar seu pensamento ao alto pedindo sinceramente  forças para vencer a mágoa, tenha certeza que Deus vai fortalecer seus propósitos no bem, vai sustentá-lo nas suas boas resoluções e inspirar-lhe bons pensamentos. Deste modo despertará  a força moral necessária para vencer os sentimentos negativos que está na alma,  fortalecendo o despertar do perdão.

“Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-á” (Jesus-Mateus, VII: 7). 

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